O Instituto Pluriversas nasce da conexão entre mulheres que não apenas sonham, mas também agem para tornar realidade outros mundos possíveis. Nossa história começa em um encontro de desejos de contribuir para um mundo no qual a justiça socioambiental fosse a base de tudo. Primeiro nos conectamos num contexto acadêmico, onde atuamos em projetos de inovação social e ambiental, fomentando iniciativas de extensão universitária em Porto Alegre e São Leopoldo. Construímos parcerias e relações que floresceram fora dos muros da Academia e nos impulsionaram para atuar em outros setores, levando nossas experiências com projetos de diversas áreas como design, gastronomia, gestão, comunicação, entre outras.
Em 2023 começou a pulsar em nós o desejo de contribuir ainda mais para que o mundo se torne um território mais digno para todos os seres, e começamos a dialogar e tecer os fios que conectam nossos quereres. Depois de um ano de gestação, nasce em 2024 o Instituto Pluriversas, que tem como propósito promover o florescimento integral do Ser humano em harmonia com a Natureza para que uma vida digna e justa seja possível para a diversidade de seres do planeta.
Muitos assuntos nos interessam e nos movem para fomentar esses outros mundos possíveis. A manutenção de todas as formas de vida na Terra é o nosso principal foco e o tema das mudanças climáticas é o direcionador do nosso agir. Como podemos nos reinventar para viver essa mudança? O que precisamos transformar em nossos hábitos, crenças e comportamentos? Entendemos que a alimentação é a base de tudo e que é o setor que será mais afetado pelas mudanças climáticas. Neste primeiro momento das Pluriversas, desejamos então atuar e contribuir com projetos que envolvam temas como agroecologia, gastronomia social, saúde integral dos seres vivos, das comunidades e do Planeta.
Estamos vivendo na pele os impactos das mudanças climáticas já em curso e muitos desses impactos estão relacionados ao sistema alimentar industrial que se instaurou no último século. O sistema alimentar consiste na produção de alimentos (agricultura, pesca, pecuária), as formas de processamento desses alimentos, seu preparo e consumo, assim como a geração e descarte dos resíduos. Atualmente, uma parte significativa desse sistema é tóxico e poluente, pois contamina e provoca a erosão de solos, causa estresse térmico, desmatamento, secas, estiagens e queimadas. Além de, paradoxalmente, contribuir para a insegurança alimentar e nutricional, desnutrição e diversos problemas de saúde como câncer, doenças respiratórias, alergias e gripes.
Mas, por outro lado, já temos inúmeros exemplos de um sistema alimentar saudável e que deveria ser muito mais incentivado. Temos os sistemas agroflorestais, as hortas comunitárias, a agricultura urbana e periurbana e a produção de orgânicos. Temos também as cozinhas solidárias, populares e comunitárias e projetos de gastronomia social. Temos ainda diversas feiras de produtos orgânicos e locais. Restaurantes, cafés e bares com opções vegetarianas, veganas e que utilizam plantas alimentícias não convencionais, as PANCs. Sem contar as iniciativas de compostagem dos resíduos. Pois é esse universo biologicamente e culturalmente diverso que o Instituto Pluriversas gostaria de fomentar.
Queremos colaborar com coletivos urbanos, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, agricultores familiares ligados ao agroextrativismo e à sociobiodiversidade para que mais e mais iniciativas floresçam em todos os cantos.
Nesse sentido, trazemos aqui como primeira ação das Pluriversas, um breve levantamento de iniciativas da sociedade civil, da iniciativa privada e do poder público que contribuem para esse sistema alimentar saudável na cidade de Porto Alegre, uma cidade que há mais de 30 anos é referência em comercialização de produtos agroecológicos. A Feira Ecológica do Bom Fim, por exemplo, já foi considerada a maior feira orgânica da América Latina (quiçá do mundo) com mais de 150 produtores comercializando produtos certificados, livres de agrotóxicos e produtos químicos. Escolher olhar para esse sistema a partir dessas iniciativas marca nosso interesse em fortalecer os valores da cooperação e do associativismo dos produtores que marcam essa feira, além do recente reconhecimento como patrimônio cultural de Porto Alegre. É um espaço de troca de saberes entre produtores e consumidores. Diante dessa abundância, outras iniciativas ligadas à gastronomia e a compostagem foram criadas.
A seguir, alguns exemplos que coletamos!
PRODUÇÃO

- RAMA completa dez anos de atuação pela agroecologia na Região Metropolitana
- Iniciativa implementa agrofloresta no bairro Belém Velho em Porto Alegre
- Horta Lomba do Pinheiro será transformada em Área de Proteção | Câmara Municipal de Porto Alegre
- Prefeitura de Porto Alegre inicia escolha de locais para hortas comunitárias
- Práticas agroecológicas no Sítio Capororoca
- Horta Comunitária/Periferia Feminista do Morro da Cruz recebe Prêmio Periferia Viva
PREPARO

- Cozinha Solidária do MTST entrega mais de 1,5 mil marmitas por dia para afetados pelas enchentes em Porto Alegre
- Cartografia de cozinhas solidárias, populares e comunitárias
- Cozinha comunitária do Morro da Cruz / Periferia Feminista
COMERCIALIZAÇÃO

- Feiras Ecológicas | Prefeitura de Porto Alegre
- Casal monta café em Porto Alegre para incentivar consumo de plantas não convencionais
- LISTA: 10 restaurantes vegetarianos para conhecer em Porto Alegre
- Feira Vegana de Porto Alegre
- Negócios veganos e vegetarianos crescem durante a pandemia em Porto Alegre | GZH
DESCARTE / COMPOSTAGEM

- Aprovada política de composteiras em parques da cidade | Câmara Municipal de Porto Alegre
- Triagem e Compostagem | Prefeitura de Porto Alegre
- Minhoca Urbana
- Arco — Coleta e Destinação de Resíduos
Olhar para essas iniciativas nos dá ânimo para contribuir com um sistema agroalimentar que seja de fato nutritivo e saudável para todos os seres. Te convidamos a vir com a gente nessa jornada!
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